domingo, 30 de setembro de 2007

Veneza do nosso Amor alagada


Relembra no reflexo dos canais,
Nós, pontes de dois corpos enlaçados,
Almas, que por se quererem demais,
São unhas cravadas nos dedos dados.
'
Escuta ainda na canção submersa,
Que sulca ruas e nos prende os braços;
Os violinos ou o vaso persa,
No Rialto de sonho dos teus passos.
'
Voltar à cidade na vez primeira,
Vendendo luzes ao céu e ao nada.
E entrar contigo num mar sem beira,
'
Assim, com pés de gôndola afundada.
Deixar por fim, e por querer, inteira,
Veneza de nosso Amor alagada.

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